Devido ao sucesso dos filmes surgiu a idéia de transportar tal universo para a animação. Continuando diretamente a história, o desenho foi lançado em 1991, pela emissora CBS, e teve duas temporadas, cada uma com 13 episódios. A produção foi feita pelas mesmas empresas responsáveis pelos filmes: Amblin Entertaiment (de propriedade de Steven Spielberg, também produtor dos filmes) e pela Universal Studios (dona da franquia), o que garantiu a qualidade do desenho e a fidelidade às produções anteriores.
Na animação, Marty e Doc Brown voltaram aos dias atuais (na época, 1991) e continuam morando em Hill Valley, após todas as viagens por diferentes épocas. O rapaz continua a namorar Jennifer e o cientista trouxe sua família de 1885 (o que vimos no terceiro filme) para os anos 90, vivendo ao lado de Clara e seus filhos, Julio e Verne, além do cão Einstein. Porém, nem tudo voltou ao normal! O DeLorean continua na ativa, e todo esse pessoal continua viajando no tempo, para diferentes épocas e por diferentes motivos. Um dos motivos que o cientista encontra para viajar é ensinar, em tempo real, a história dos EUA e do mundo para as crianças. Outra motivação para as viagens no tempo é resolver enigmas históricos, confusões antigas e corrigir problemas encontrados em outras épocas, geralmente envolvendo ancestrais e descendentes do vilão Biff Tannen.
Algo muito interessante na animação é a possibilidade de mostrar os personagens voltando para outras épocas, que não as mostradas nos três filmes (1885, 1955, 1985 e 2015). Então, foram criadas aventuras em inúmeras eras, como a pré história, a fundação e independência dos Estados Unidos, o auge de Roma, o domínio da Máfia em Chicago, a colonização do espaço no futuro e muitos outros.
A série contava com a participação de Christopher Lloyd, voltando em seu clássico papel de Doutor Brown. O ator aparecia na introdução de cada episódio, propondo um enigma científico, que era resolvido no encerramento do programa, após a exibição do desenho. O cientista Bill Nye demonstrava conceitos básicos de temas como física e química, através de experiências simples, que as crianças poderiam reproduzir em casa. Uma curiosidade: apesar de aparecer em carne e osso, Lloyd não dublava sua versão animada; isso ficava a cargo, na versão original, de Dan Castellaneta (sim, o dublador norte-americano de Homer Simpson!). Na versão brasileira, vários dubladores originais dos filmes também foram mantidos no desenho, o que contribuiu para tornar o desenho ainda mais interessante.
Nos EUA, a produção fez imenso sucesso, se tornando um hit na época, e dando origem a diversos produtos, como uma série de quadrinhos, que durou sete edições. No Brasil, a série foi exibida no meio dos anos 90, pela Rede Globo, nos programas "Xou da Xuxa" e "TV Colosso", e fez razoável sucesso (mas nada equivalente à repercussão dos filmes). Na Rede Record foi exibido nas manhãs de sábado e domingo.
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